Manutenção de híbridos plug in

O manual é muito claro quanto ao amaciamento.
O período de amaciamento engloba os primeiros 2000 kms. Desses 2000, no mínimo 50% tem que ser no HEV, ou seja, desses 2000, tem que andar no mínimo 1000kms no HEV, sempre usando o modo ECO. Pessoal faz muita confusão mas não tem erro.

Pra evitar isso é muito simples:
Toda vez que carrego, uso o carro até chegar nos 25% e não carrego antes. Desse modo pelo menos umas 2 vezes por semana o motor do carro é utilizado. Se vc fica rodando muito tempo só no elétrico sem ligar o motor era melhor comprar um Dolphin e alugar um carro quando precisar viajar…

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Eu tenho um Song Pro. O manual não menciona esta recomendação de 10% no modo HEV, mas ele diz que, caso o motor a combustão fique muito tempo desligado, ele será ativado automaticamente em “modo de manutenção”, mesmo que o carro seja usado 100% do tempo em modo EV.

Eu também parto da premissa que um motor desenvolvido para um PHEV é desenhado para esta situação de uso reduzido. Além disso, os motores a combustão de PHEVs costumam operar em uma faixa de rotações mais constante, o que é favorável para a sua durabilidade.

A questão da durabilidade do combustível no tanque é uma preocupação concreta. Para mitigar isso eu tenho abastecido com a gasolina Shell V-Power, que (ao menos de acordo com as especificações) tem uma vida útil bem maior que a gasolina comum.

Então, resumindo, eu não me preocupo muito com esta questão da durabilidade do motor a combustão. Eu tento deixar ele ser ativado pelo menos uma vez por semana, mas só por desencargo de consciência. O que me preocupa mais no longo prazo ainda é a durabilidade da bateria mesmo - já que em um PHEV a gente a carrega com muito mais frequência que em um BEV …

Acabei de checar o manual e tem sim essa parte no do Song pro, lembrando que isso está escrito no manual de garantia e não no manual do carro, vê na página 8 do seu manual de garantia ou põe no Google manual de garantia byd e baixa o do Song pro, provavelmente é a mesma recomendação para todo dmi

Como meu carro e novo, vou logo amaciar esse motor a combustão para não ficar com preocupação, mas estou fazendo de uma forma bem eficiente, ando no HEV no AUTO, o carro basicamente anda no modo EV o tempo inteiro e só quando eu piso com vontade vem o motor combustão ou seja , acaba que a maior parte do tempo o carro só usa o EV e em determinados momentos o motor a combustão entra em ação, isso faz com que eu use ele muito pouco durante o dia mas faz com que eu mantenha o uso continuo do motor, já estou com + de 600 km rodado, abasteci meio tanque do carro a 3 semanas atrás quando peguei o carro e parece que não gostei nem 1/4 da gasolina q abasteci
Sob a ideia do V-Power aí, essa resenha vejo em mtos lugares, a galera tem divulgado muito essa indicaçao de usar podium/vpower/octapro, e provavelmente depois da primeira revisão que usarei menos combustível começarei a deixar ela no tanque

Com relação ao amaciamento, não há duvidas, tal como um carro a combustão, todo sistema mecânico possui pequenas imperfeições de fabricação que vão precisar de um tempo para serem desgastadas até que o encaixe entre elas produza um mínimo possível de atrito. Forçar o veículo antes desse período pode provocar danos permamentes no sistema. Além dos carros a combustão, os carros elétricos também precisam desse período, pois possuem o tal “eixo elétrico” (entendo que seja uma caixa de redução) e o próprio motor elétrico como peça móvel. Já os híbridos, nem se fala, além de um motor elétrico, possuem um motor a combustão e um sistema que os acopla para amaciar.

O maior problema de deixar o motor a combustão sem uso num carro híbrido é a validade do combustível. Para gasolina, costuma-se falar em torno de 6 meses, por conta da oxidação de algumas das substâncias que a compõe. Ela é composta de centenas de substâncias diferentes e algumas delas, ao oxidar (com o oxigênio do ar), podem formar borra em maior quantidade no momento da queima do combustível.

Quando comprei meu Dolphin Plus em novembro/2023, fiquei com 2 carros velhinhos parados, um Honda Fit 2004 e uma Citroen C4 Grand Picasso 2011. A Picasso, resolvi não vender para usar em viagens de férias. O Honda Fit mantive para meu filho poder usar quando tirasse carteira de motorista. Eu podia usar 2 estratégias, manter pouco combustível no tanque para que fosse consumido logo ou encher o tanque para sobrar pouco oxigênio dentro do tanque.

Optei por manter cheio, porque os dois carros já estavam com os tanques cheios. Comprei um carregadorzinho automático para preservar as baterias de chumbo-ácido dos carros e passei a recarregá-las cada poucas semanas (estão boas até hoje). Outro detalhe, talvez relevante. Para ser um pouquinho menos danoso com relação ao meio-ambiente, eu sempre abasteci cerca de 30-40% dos tanques com etanol hidratado. Fui aumentando a porcentagem gradualmente e observando o comportamento do motor, inclusive com relação a consumo e até essa proporção os motores digeriram bem. E, claro, os componentes do carro foram desenhados pra aguentar gasolina com uma proporção de etanol até uns 30%, talvez mais porque tem muita gasolina “batizada” por aí, mas o etanol é mais corrosivo, então parei nos 30-40%.

Os carros não são flex, além disso a mistura de gasolina com etanol hidratado separa a água do etanol, o que pode ser ruim para o motor. Por isso optei por não arriscar colocar mais, mesmo porque não compensaria pelo aumento de consumo. Ocorre que o etanol não sofre do mesmo problema de oxidação da gasolina, porque não é uma substância composta, é uma substância pura.

A gasolina de alta octanagem (V-Power, Podium) possui menos substâncias que formam borra depois de oxidadas e possuem aditivos (detergentes) que evitam a formação de borra no motor, mas eu já tinha abastecido com a aditivada da Ipiranga e etanol e decidi arriscar manter essa mistura nos tanques (lamentavelmente tenho formação científica e sou extremamente curioso pra saber se daria certo, de qualquer forma o pior que podia acontecer é precisar fazer uma limpeza completa do sistema de injeção…).

O que posso relatar é que os dois carros já ficaram mais de meio ano parados, foram usados e não tive nenhum problema. Fica o relato, mas não recomendo que misturem etanol em nenhum carro que não seja flex, como fiz, nem que mantenham gasolina por mais de 6 meses no tanque, a não ser que o tanque fique completamente cheio, sem ar. Ainda assim, é bom não arriscar, pois geralmente o tanque não é hermético.

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Não tinha reparado essa informação. Queria mesmo um motor a combustão apenas para dar um range extender no carro. Vendi o Dolphin Plus e fiquei com o SONG PRO. Aguardar a chegada dos modelos 2026 pra ver o valor e comprar um novo elétrico. Já curti essa primeira geração. Que venha a próxima

Maravilha. Ótimas informações e testes. Também já fiz parecido com um Porsche Cayenne.