Só uma pequena correção. A carga da bateria a 100% corresponde a 3,2V no Dolphin, portanto já está longe dos 3,6V do valor máximo. Por isso carrego em 100%. Mas se você carregar a 80% tudo bem, o impacto será só na imprecisão no cálculo da autonomia, facilmente corrigível com uma carga esporádica até 100% como vc já comentou.
Sobre evitar esquentar as células é importante mesmo, mas as células Blade são estreitas e encapsuladas em alumínio, o que facilita muito a propagação do calor e diminui o delta de temperatura entre o core e o sistema de resfriamento. Só acho o sistema de resfriamento do Dolphin um pouco simplificado demais, resfriando as células somente por cima, então podendo evitar aquecimento melhor. Outro fator são descargas profundas também.
Mas imagino que a BYD tem uma margem bem grande para todo os parâmetros da bateria, pois mesmo quem usa o carro no pior dos mundos fazendo cargas rápidas e descargas profundas constantemente tem a garantia de 8 anos sem limite de quilometragem.
Oi, Júlio! Valeu pela correção! É uma diferença bem grande de uma célula LFP padrão!
Provavelmente eles tiveram as razões pra fazer a bateria desse jeito, botar serpentinas no meio das células seria ótimo pra refrigerar, mas talvez encareça demais e aumente muito a chance de problemas.
Mesmo sem usar margem, uma LFP padrão dura uns 3000 ciclos. Sendo que durar quer dizer estar com 80% da capacidade de uma nova. Olha só que interessante, se dividir 3000/365 dias do ano, vai dar 8,2 anos!! Não creio que seja coincidência eles darem 8 anos de garantia! Isto é, eles estão na traquilidade, mesmo no pior caso de um carro usado por motorista de aplicativo ou empresa de táxi que recarrega todo dia!
Agradeço pela correção, por favor, me passa o link onde conseguiu essa informação específica da bateria do Dolphin, estou curioso pra dar uma olhada!
Agradeço pela correção, por favor, me passa o link onde conseguiu essa informação específica da bateria do Dolphin, estou curioso pra dar uma olhada!
@Surak quem me passou a informação foi um técnico da BYD. Como não achei nada online que corrobore com isso, perguntei ao SAC da BYD qual é a tensão em cada Blade a 100%, só pra confirmar. Assim que responderem divulgo aqui.
@julio Fiquei curioso e resolvi dar uma “googlada”. Tem uns revendedores da blade que fornecem a ficha técnica da bateria:
Aparentemente o técnico se equivocou. 3.2V é mesmo a tensão nominal e a de carga completa é 3.65V. Bem dentro das especificações de uma célula LFP típica. Espero que o SAC da BYD responda logo!
A ficha técnica da Blade achei também com a tensão máxima da célula, mas isso não indica qual a tensão máxima que o BMS do Dolphin usa e qual a energia útil, alguns fabricantes deixam uma margem nos carros. Além disso Blade tem variações e modelos diferentes. Vamos aguardar!
Já mandei email para a BYD com uma dúvida e não tive resposta até hoje. Ou não respondem, ou demoram muito para responder. Seu SAC não deve ter sido dimensionado para lidar com essa explosão de vendas - e interesse - em seus produtos.
Ontem fiz uma recarga usando o Wall box de casa. A bateria estava com 77% e carreguei até 100%. Coloquei um scanner no Golfinho e registrei algumas informações durante a carga. Segue o resumo:
Pelos dados obtidos podemos chegar a algumas conclusões interessantes:
O carro carregou em média a 5,8kW. Nesta potência não fez nem cosquinha na bateria, a temperatura subiu apenas 2 graus. Um carregador de 11kW em uma bateria maior do Plus certamente não teria problema algum também (para manter o assunto do tópico). Já carregar em uma potência mais baixa não faria muita diferença na longevidade da bateria, só aumentaria o tempo de carga.
Sabendo disso, podemos usar as informações de outras baterias LFP disponíveis no mercado para estimar a longevidade da bateria, pois os parâmetros são muito parecidos.
Por exemplo, qual efeito de carregar a bateria abaixo de 100%? Se carregar a bateria até 70% temos uma expectativa de dobrar a vida útil (6000 ciclos) (Fonte: Ultimate Guide to LiFePO4 Voltage Chart - Jackery).
Podemos usar o DoD (profundidade da descarga) clássico para estimar a vida útil também. Por exemplo, mantendo um DoD de 50% aumenta vida útil da bateria mais de 6 vezes (20000 ciclos) (Fonte: Lithium Iron Phosphate Battery – PowerTech Systems)
No meu caso, não gosto de limitar a carga máxima abaixo de 100% por dois motivos. Primeiro, deixo carregando a noite e seria um saco ter que levantar da cama para desconectar a bateria. Segundo, sempre ficaria com uma autonomia mais baixa, que pode me atrapalhar caso precise ir de maneira inesperada para São Paulo por exemplo.
Prefiro a estratégia de manter o DoD em 50%. Tenho a comodidade de carregar 100% e só recarregar quando chega a 50%. Sempre fico com o carro carregado e a bateria do Golfinho provavelmente vai durar mais do que eu.
Bem colocado. De tudo que li, estou chegando em uma estratégia de rotina de carga semelhante: ao fim do dia, se estiver abaixo de 70%, colocarei para carregar a 100%. Se estiver acima, deixo para carregar dia seguinte.
Li em algum lugar que se deveria colocar o carro em marcha logo após se atingir os 100%, quanto menos tempo melhor. Quando chegar o meu carro e eu entender os tempos de recarga a 50, 60, 70%, planejo usar a recarga reservada, atrasando o início da recarga de maneira que chegue aos 100% próximo ao horário de saída na manhã seguinte.
Li em algum lugar que se deveria colocar o carro em marcha logo após se atingir os 100%, quanto menos tempo melhor.
Para LPF isso não é necessário. Se reparar nos dados que registrei, depois de uma hora com o carro parado os parâmetros da bateria baixam bastante. De forma simplificada os ions de lítio “assentam” depois de um período.
Só não é legal manter nos 100% se for deixar o carro por longos períodos parado (tá no manual tb).
O que as baterias de celulares fizeram de propaganda negativa para os carros elétricos ao longo de décadas não tá no gibi hein rsssss essa discussão de conservação / melhores práticas / garantia / víciar a bateria não vai ter fim
Depois de refletir sobre esse assunto, estou começando a achar que no fim, no fim, o melhor é “relaxar e gozar” e usar o carro prazeirosamente, fazendo uma rotina de carregamento qualquer que dê conforto e segurança e parar de pensar nisso.
Até porque, com as baterias seguindo um pouco da “lei de Moore”, daqui a 5 ou 8 anos devemos ter packs de substituição com mais densidade de energia a um preço muito menor que hoje. Espero.
Como eu tenho essa possibilidade, estou deixando o carro carregar a 2kW sempre que volto de manhã, perto da hora do almoço, porque tenho placas fotovoltaicas em casa. Dessa forma, a energia não sai pra rede e volta (quando volta, ou melhor, sempre que entra energia é o momento em que é cobrado ICMS). Ou seja a energia é gerada pelas placas e já uso, antes de sair… Mas sim, é uma coisa meio pão-dura da minha parte… As baterias ficam sempre entre 60 e 70%. Talvez seja trabalho à toa, mas não me importo de fazer. Daqui a 20 anos eu conto pra vocês se adiantou alguma coisa!
Oi @Surak, foi um scanner genérico OBD2 que comprei no mercado livre. Liguei no conector que fica logo abaixo da alavanca que abre a capô. Ele tá lá até hoje rs… De vez em quando acesso pra ver como estão as coisas.
