Como viajar com o Dolphin

Viajar com o Dolphin é totalmente possível, basta fazer um planejamento da viagem.
Claro que não vai ser igual a viajar com um carro a combustão ou Hibrido, mas sim, é possível.

Alguns pontos devem ser considerados na hora de planejar uma viagem

A primeira coisa a se atentar é em relação a autonomia. Testes do Inmetro dizem que o Dolphin consegue rodar 292km em média. Recomendo considerar um caso pior, trechos de 250km ou 200km entre cada recarga.

Verifique se conseguirá encontrar pontos de recarga entre cada trecho. Se por exemplo tiver um ponto de recarga distante 400, ou 500km um do outro, é recomendado não fazer a viagem e optar por um carro a combustão.

Lembrar que nem sempre os postos de recargas vão estar livre para você fazer a recarga.

Lembrar que carregar um carro elétrico não é como abastecer um tanque de combustível em 5 minutos. Pode levar meia hora com uma recarga rápida DC ou mais de 6 horas com a recarga AC.

Leve sempre um carregador portátil para carregar o dolphin em uma tomada comum, na emergência poderá carregar em qualquer residência ou estabelecimento comercial e não precisará chamar um guincho!

Considere fazer desvios da sua rota pra encontrar um carregador, nem sempre os pontos de recarga vão estar em sua rota.

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Considere SEMPRE ter uma extensão de 10 metros no porta malas querbra muitos galhos já tive que recorrer ela 2x em uma das vezes se não tivesse teria ficado na mão

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Eu comprei o kit da ATM EV que tem extensão de 5m, 10m e 15m que vc pode interconectá-las, dando um alcance interessante, além de vários plugues de tomadas diferentes, tornando bem versátil em um momento de “aperto”. Eu consideraria também além dos pontos que vc destacou sobre cuidados na viagem, saber se próximo do local onde vc supostamente carregaria o carro tem um hotel em uma cidade próxima que vc poderia pernoitar e usar o carregador portátil, considerando que o posto de recarga não estivesse funcionando. Concordo em ter uma margem de segurança de até 250km de autonomia para recarregar.

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Eu Vi este Kit, mas achei muito caro, comprei todas os conectores e cabos pelo Mercado Livre, gastei 500 reais e eu mesmo fiz tudo utilizando um estilete, um alicate e uma chave de fendas, tudo com com cabo 6m HEPR Conectores 32a, 16a e 20a

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Um outro recurso para viagens é a forma de conduzir o carro. Exemplificando:

Fiz ontem um bate e volta de 480 km até Caraguatatuba. Como a cidade tem apenas 2 eletropostos e um deles com classificação ruim, resolvi ser conservador na ida, poupando energia caso precisasse abastecer em outra cidade.

Fiz a parte da ida com “pé de moça”, controlando a aceleração e não passando de 90 km/h. A bateria ainda carregou 4% na descida da serra dos Tamoios. Consegui percorrer os 240 km chegando em Caraguá com incríveis 43% de bateria.

Na volta, já com bateria cheia, fiz o percurso dirigindo normalmente, acelerando mais forte, indo no limite da estrada, etc. Cheguei em casa com 20% da bateria.

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Julio excelente!, Cara um ponto que você pode tentar também que já esta confirmado que economiza muita energia é a utilização sempre que possível do piloto automático

Uma coisa chata no piloto automático do Dolphin é que ele não mostra a velocidade selecionada no painel (pelo menos eu não achei como mostrar).

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Não mostra, faz parte meu Corolla e Nissan Sentra também não mostravam, então nunca senti falta, então na duvida eu aperto o SET para fixar e lembrar a velocidade programada

Da pra estimar a autonomia pelo padrão de consumo médio em kwh/100km. Pego o valor 4490 e divido pelo que acredito que vou consumir, exemplo, 14kwh/100km.
4490/14= 320km de autonomia.

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Depois tanto tempo depois perguntar, mas não sei a cidade de sua origem, entendi gastou 23%+4% dirigindo esportivamente, mas subindo serra já não daria uns 9% a mais de consumo? Na época carregou nesses 2 Eletroposto ou usou uma tomada onde pernoitou?

Saí de Louveira, SP. Foi por aí mesmo, a diferença entre ida e volta de 23%. Descontando o que regenerou na descida na ida daria 19% de diferença. Nesse valor está o gasto na subida e a velocidade um pouco mais alta na estrada na volta.

Fiz só uma parada para reabastecer, uma carga rápida até 100% em Caraguá pra voltar. Essa carga levou cerca de 50 minutos. Foi tudo em um só dia, saí de manhã e voltei a noite. Bem tranquilo.

Fala @julio, tudo bem? Você utilizou coasting? Após ler um tópico seu dando essa dica (obrigado), comecei a utilizar em rodovias e tenho conseguido ótimas autonomias. Me pareceu ser contra intuitivo deixar de regenerar, então após algumas leituras em diferentes fontes, fui levar a teoria à prática e tenho conseguido superar bastante o que o ABRP tem calculado.
Tenho o Plus. Em nossa primeira viagem (sem coasting) consegui rodar 350 KM (dois adultos, uma criança e bagagem). Chegamos no destino com 12% porém rodando bem lento, 90km/h mais ou menos. Segundo o calculo do ABRP iria chegar com 20%.
No retorno, comecei a aplicar coasting e a velocidade média final foi maior porém o consumo, reduziu. Com coasting conseguimos rodar mais rápido e gastar menos.

Em outra viagem, diferente destino e com mais experiência com o carro, o cálculo inicial do ABRP era de chegar com 28% para os 261km. Conseguirmos chegar com 38%.

No destino, os carregadores trifásicos que haviam na cidade não estavam funcionando, então a solução que nos salvou foi o carregador portátil em uma tomada de 110v (desespero). Saímos com 76% de bateria. Segundo o ABRP, chegaríamos com 7%. Chegamos com 12% e um consumo de 14,5 kw-h /100km. Que por ter sido em estrada considero muito bom. Retornei andando normal, velocidade da via, ar ligado pq nos últimos 100KM, se precisasse teria carregador rápido. Como utilizei coasting, deixava o carro embalar bastante nas descidas, ligando a regeneração quando via que iria precisar reduzir.

Ambas viagens foram feitas em MG onde o relevo varia bastante, então tentei utilizar isso a meu favor. Continuo, entretanto, torcendo muito para que os investimentos em infra de carregamento comecem a ser mais expressivos pq viajar com o carro elétrico é muito confortável. Sem barulho de motor, vibrações e com ultrapassagens seguras, mas hoje é ainda uma aventura onde precisamos estar preparados para tudo.

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Olá. Minha experiência tem sido essa também, rodar mais rápido gastando menos. Tem um outro fator que ajuda nisso. O motor elétrico perde um pouco de eficiência em rotações mais altas, então tanto a aceleração quanto a regeneração em velocidades maiores são mais “gastonas”. Usando o coasting o motor roda livre, sem essas perdas.

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@wandss @julio me interessei por essa técnica do coasting.

Pelo que encontrei rápido aqui seria desacelerar sem tirar o pé do acelerador completamente? Se tiverem algum site que explique com mais detalhes me mandem pfv.

@renatocmendes dá uma olhada nesse outro tópico.

https://dolphinbyd.com.br/t/ponto-morto-ou-n

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O consumo de combustível e energia em carros elétricos pode ser bem diferente no mesmo percurso, mas em direções diferentes. Por exemplo: em uma direção, na ida ao destino, a estrada pode ser predominantemente uma descida leve com uma subida abrupta. Na volta, o carro terá que enfrentar uma longa subida leve e uma descida abrupta, onde você perderá muita energia potencial usando o freio. Outro exemplo, uma cidade pode estar em uma elevação bastante diferente de outra, como uma Curitiba está a 935m e Pontal do Paraná está ao nível no mar. É de se esperar que o consumo seja radicalmente diferente na ida e na volta.

Isso dito, comparar a ida com a volta não é um bom método para avaliar se o uso do neutro na viagem foi ou não eficaz. A comparação de múltiplas viagens no mesmo trajeto e na mesma direção pode te dar uma pista sobre se há ganho real, mas ainca acho complicado fazer isso com precisão.

Independente do consumo, gostaria de lembrar que o uso do neutro reduz a segurança na condução do veículo, é por isso que o manual informa que o carro não deve ser conduzido no Neutro. Há diversos fatores nessa prática que reduzem a segurança e que podem ser agravados em veículos elétricos.

Em primeiro lugar, você perde uma dimensão de controle do carro e não consegue mais acelerar rapidamente em uma situação de necessidade. Além disso, carros elétricos são mais pesados e ganham velocidade mais mais facilidade. Sem o freio regenerativo, o condutor se sente tentado a deixar o carro ganhar o máximo de velocidade possível para economizar a bateria na subida. Há ainda uma penalidade no controle de curvas do automóvel.

Pessoalmente até gostaria de ver um estudo sério sobre o impacto do coasting no consumo de um carro elétrico, mas ainda acho que vai depender muito do percurso específico e dificilmente esse resultado, ou de evidências anedóticas que percebemos, será uma informação segura de que o uso da técnica aumenta realmente a eficiência energética dos veículos elétricos. São fatores demais envolvidos, tais como tráfego e temperatura e para uma conclusão definitiva.

E a título de curiosidade, o programa Mythbusters uma vez mostrou que dirigir colado em um caminhão reduz muito o consumo de combustível, mas obviamente ninguém deve fazer isso.

Por tudo isso, eu pessoalmente não uso e não recomendo o coasting.

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Ah, e compartilho uma viagem que fiz de Brasília a Pirenópolis. São 160 km, saí com 100% e cheguei com pouco mais de 50%. Na volta, saí com 100% e cheguei com pouco menos de 40%. Não houve nenhuma intenção de dirigir de forma diferente na ida ou na volta. Atribuo a diferença ao relevo, mas não tenho nenhuma prova disso.

Na teoria o peso do eletrico não influencia em ganhar velocidade mais rápido. Ja que a massa não influencia na gravidade. Por isso uma pena e uma bola de boliche caem na mesma velocidade(no vácuo). Na pratica eu acredito que o elétrico até ganhe mais velocidade no declive em neutro do que um veículo a combustão, mas acredito que seja por conta atrito do sistema de transmissão em neutro do combustão seja maior do que o do eletrico.

Não sei te dizer com estudos científicos, mas é meio que consenso da maioria aqui que ja utilizou essa técnica, de que o consumo diminui. Quanto a segurança, você tem pontos válidos, mas com um bom gerenciamento de risco, não vejo nenhum problema em utilizar a técnica. Por exemplo, utilizar em uma descida sinuosa é diferente de utilizar em uma descida reta em que você tem visão de todo o trajeto e de todos os carros ao redor.

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@rsarres dados de elevação entre Brasília e Pirenópolis para você tirar sua dúvida.
Sempre consulto antes de alguma viagem no PlugShare ou ABRP.

Concordo com alguns pontos. Só quis compartilhar minha experiência e não estou aconselhando ou desaconselhando a prática. Foi a minha experiência e o que pude perceber. Pode ser achismo da minha parte, pois como vc disse existem várias variáveis. Relevo, temperatura ambiente até mesmo pressão e temperatura dos pneus causam impacto no consumo. Não estou oferecendo dados ou ensaios científicos aqui.

Acho válidos seus pontos, mas cabe a cada um se informar dos riscos inerentes e decidir o que é melhor pra si.

Andar acima dos limite da via, por si só, independente de estar ou não em neutro, já é um risco e muitos de nós raramente respeitamos os limites, se respeitássemos, nosso país não teriam tantos radares espalhados assim como acidentes.

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