Complexidade desnecessária afasta usuários a adotar carros eletricos?

@symlink muito obrigado pelo seu comentário, era justamente este ponto que gostaria de abordar.
As dificuldades, tanto do lado técnico como do lado humano.
A questão é que se realmente queremos que isso seja massificado, passa por irmos ajustando e adaptando o técnico para a questão humana e não o contrário.
Saindo de nossa “Bolha de tecnologia” o mundo é outro.
Sem querer ser machista, uma pergunta: Suas esposas sentem-se seguras em elas cadastrarem e carregarem sozinhas o carro num eletroposto que precisa de app?

@symlink Ué, mas esse problema também não existe para carros a combustão? Ou precisamos pré autorizar para encher o tanque? Basta integrar o eletroposto em uma estrutura do posto de combustível ou em uma uma loja conveniências com atendentes.

Poderia simplesmente ter uma opção pre-paga pra quem esta com pressa ou esta sem rede no momento ou por qualquer outro motivo… vc paga no PDV X kw/h… usou tudo a maquina bloqueia, nao usou tudo, fica de crédito pra próxima associado ao seu cpf ou e-mail ou qualquer outra coisa, ou pode ser estornado o credito e faz nova cobrança no valor correto do que foi utilizado… ideias pra resolver tem várias, mas ninguem se importa por enquanto

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Incluse o Dolphin é da minha esposa, sozinha ela tem dificuldade sim em usar.

Mas o ponto é que por mais que queiramos facilitar o lado técnico, o que seria relativamente fácil, o processo em si não permite, o mais fácil é recarregar, mostrar o valor na tela e o cara passar o cartão e ponto resolvido.

Mas devido aos outros controles isso não dá certo na vida real.

Não, mas o problema do eletroposto é não ter um atendente para tratar os problemas, tem que ser tudo resolvido via tela (se for via pdv).

Via app é como funciona já tem um monte de dados para entrar em contato com voce depois.

No posto se seu cartão não passar como faz? Você conversa, ve a melhor solução ali na hora.

Acho que estão tratando o abastecimento do carro elétrico como se fosse algo totalmente alienado ao que já existe, sendo que o abastecimento é só um item a mais e tudo poderia ser mais simples.

Nos meus casos nunca resolveram nada via app.
A solução sempre foi virar as costas ir embora e rezar pra ter outro ponto de recarga antes da bateria acabar.
Na verdade, minto. Teve uma vez que coloquei R$ 20,00 de crédito e coloquei pra carregar enquanto ia no mercado no qual o carregador está instalado.
No meio das compras por ansiedade fui ver o status da carga pelo app BYD e pelas minhas contas já devia ter parado mas seguiu carregando. Tentei abrir o app da empresa de recarga e tinha uma msg de erro. Que havia sido perdida comunicação com o carregador.
Chegando no carro havia quase R$80 a mais do que eu queria inicialmente carregar.
Abri uma reclamação com o aplicativo, entraram em contato com aquelas msg´s padrão, expliquei o caso e nova resposta padrão. Minha carteira deste carregador agora tem -80 que nunca quis. Quando em algum momento eu passar lá e precisar carregar +40 pila vou marchar com R$120.

Então ai está a questão, pensa no processo.

Você chegou, seleciona se quer fazer o processo pré-pago R$30,00.

  1. Nesse momento vai ter que preencher um monte de dados, para associar esse que crédito que restar ao seu ao seu CPF. Pois pode ou não restar crédito.

1.1. Ah mas vou usar tudo, não dá para garantir, o processo pode ser interrompido por algum motivo no meio, seja pelo carro ou algum problema ( como a necessidade do usuário )

1.2. Ah mas só pede CPF, não dá pois não se pode manter dinheiro de outra pessoa assim sem devidas identificações, pode ser usado para fins ilícitos, mas beleza vamos assumir esse risco.

1.3. Você precisa concordar com um regulamento (vai existir regras uma série deles, inclusive de LGPD, com isso vamos precisar de seus devidos dados.

Pré autorização só funciona no crédito, limita o publico, alem de toda uma complexidade muito maior no processo, você pode pensar ah mas todo mundo tem cartão de crédito, errado a maior parte das transações são no PIX e débito hoje em dia. Assim não compensa fazer todo um processo para um publico limitado.

Entendam não é criar dificuldade, é assim que funciona. Dá para melhorar muito, mas ninguem quer investir uma grana pesada para isso até ser validado no mercado.

Se tratar como um posto normal beleza, coloca lá do lado o carregador, o frentista liga pra você, espera carregador, olha o valor no visor e te cobra simples.

Só iria precisar no máximo de alguns ajustes fiscais nos postos, pois os sistemas não iriam emitir uma nota fiscal correta nesse momento, mas tranquilo até poderia ser emitido manual uma NF-c (que só pode para produtos na maioria dos estados) então teria que ver uma solução para isso, meio recente que vi NFC-e conjugada para serviço (que seria serviço de recarga)

Mas o grande lance do eletroposto é não ter frentista e não precisar de infraestrutura de atendimento é ai que vamos conseguir ter uma maior infraestrutura de recarga.

@symlink Vou dar um exemplo prático. Meu sogro já é de idade e tem dificuldade com tecnologia, celulares etc. E ele acabou de comprar um Dolphin Mini. Está adorando o carro, super simples de dirigir, silencioso e fácil de abastecer em casa.

Ele se empolgou tanto que queria fazer uma viagem um pouco mais longa. Desencorajei totalmente devido a esse calvário para abastecer. Seria tudo mais simples se ele parasse em um eletroposto e depois de abastecer fosse em um balcão: “Moça cobra aí meu abastecimento.”.

Ele faz isso com basicamente tudo que ele compra em lojas de varejo ou lojas de serviço.

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E se não quiser fornecer CPF?
É minha opção de direito não querer. Nenhuma obrigação legal para consumir qquer produto ou serviço me obriga a fornecer. E pela LGPD tb não tem nada que configure motivo legítimo para esta coleta para uma carga por ex.

Supondo este caso que citei: Só quero carregar R$ 20,00 e pronto.
No caso tinha carga suficiente para chegar no destino mas talvez no caminho tivesse que dar uma voltinha a mais, então da mesma forma que passa no posto e pede pra colocar só o que precisa, coloquei na carteira só o que queria.
Se fosse interrompido antes dos R$20 serem consumidos, faz um estorno parcial. Bem simples.
Claro que a lógica disso deve estar local no carregador pra acompanhar o inicio e o fim da carga, da mesma forma que uma bomba de combustível desliga no R$ x,xx que o cliente pede.
Não é possível que num negócio que tem uma cpu bem mais poderosa que de uma bomba de combustível de uns 30 anos atras não dê pra fazer.
Como funciona nos USA os postos que não tem frentista?
A lógica é a mesma.

Sobre ser pix e não consumir tudo. É só fazer um pix de volta pra mesma chave que originou a transação da diferença.
É algo impossível?

Sobre o CPF, veja, se não pedir e cair a luz? Ou você precisar sair urgente? Se o carro por algum motivo parar de carregar? Você vai querer a diferença de volta, ai vai ligar na central e não terá como identificar essa transação, voce teria que passar o numero do cartão, já teria cobrado a taxa do valor integral é muita dor de cabeça.

Os meios de pagamento que conheço, não permitem estorno parcial de valor no cartão, seja no app ou no PDV. Só é possível estornar a transação toda.

O modelo do Estados Unidos, é no crédito, ele faz um pré reserva de um valor no crédito e debita depois só o que consumiu. Mas no Estados Unidos é outro cenário, pois o sistema bancário lá está muito atrás do Brasil, aqui as operações são totalmente diferentes de lá, em questões técnicas e operacionais. Mas novamente no crédito sim é possível fazer isso até aqui no Brasil, mas vai sair caro para desenvolver e com pouco uso e uma taxa de negativa alta.

Sobre o PIX sim, seria o meio mais viável de fazer todo esse processo, pois até existe estorno parcial. Se me perguntar eu recomendaria isso, faz de dois jeitos.

1 - PIX pré pago (Ai não precisa nem dos dados)
2 - APP ( com todos os dados )

Hoje tecnicamente seria o mais viável.

Mas toda a transação seja via crédito ou pix pode ser mapeada não?
Pq seria necessário o CPF? PIX com a chave e cartão os últimos dígitos.
No caso de um problema a pessoa entraria em contato com o suporte e informa estes dados.

Via cartão sim, é possível até identificar com os comprovantes. Mas é sempre uma operação de excessão que não dá para ser automatizada. Se você tornar isso uma opção ao usuário o sistema tem que se prepara para tratar diversas condições complexas.

Eu sei que parece desculpa, mas os problemas são os mais diversos nesse cenário, como emitir uma nota fiscal nessa condição? Como fica a taxa do cartão? Como tratar um dinheiro que entrou na empresa sem um documento fiscal? Para sair da empresa depois num possível estorno, não é só transferir precisar outro documento fiscal. Isso ocorre em diversas transações distintas com tratamentos diferentes tanto fiscal como contábil. Como vai ser pago os impostos?

Pix você estorna parcial pela própria concepção e em uma única transação, mas se sentar com um time fiscal e contábil bem provavelmente vai desistir dessa ideia também. O Brasil não é para amadores.

São coisas que empresas pequenas não se preocupam, mas na hora que faturar alto a receita vai atrás é você vai ter que explicar e comprovar tudo.

A construção técnica quanto mais simples melhor, o que é complexo é lidar com os problemas.

E já adianto que tudo isso tem alguma solução obviamente, nada que o tempo e dinheiro não resolvam.

Não vejo problema com a questão fiscal, quando compro um lanche no autoatendimento do macdonalds por exemplo, não é obrigatório colocar CPF. Só tem a questão do estorno ou crédito em caso de uso parcial.

Tendo um atendente paga na hora o que consumiu e emite NF e evita todo esse problema de estorno, pré pagamento, cadastro, cpf, etc.

Abasteço na Europa e EUA sozinho só usando o cartão, não deve ser tão difícil de fazer por aqui. Questões técnicas toda solução tem.

É que se banalizou o cadastro e tem muita empresa ganhando dinheiro com nossos dados (e metadados que muitas vezes são mais valiosos que os dados em si).
Na forma que as empresas tão tratando, quero ver quando a LGPD começar a pegar e esse monte de empresa que pede cadastro pra vender dados começar a levar multa. Só depende de criar um nicho de advogados especializados neste tipo de violação.
Vai ser uma mina de ouro.

@Akornow “desexclui” seu comentário, acabei lendo por alguns segundos até vc apagar :slight_smile: Tava bom rs.

1 curtida

Eu acabei respondendo em cima da resposta errada. Era pra ser na do @Roluber