@julio a depender da localização, a cortesia vira a única forma de voltar para casa. O @PauloZ já respondeu sobre deixar a chave na recepção… Quem vai manobrar?
Nas boas praias, distantes e limpas, é normal a galera aqui sumir para os passeios de quadriciclo e etc. Acontece por aí também? Assim que tiver concorrência, vai ter demanda por uma solução de um problema que antes não existia.
Agora pensa do ponto de vista do empreendedor que está focado na atividade fim, tem sazonalidade, etc etc. O carregador vai trazer quantos hóspedes novos por mês? Difícil responder, certo?
Conversa com o pessoal na próxima viagem para colher a visão deles. Talvez tratem com cuidado para não transparecer negativo, então faz as duas perguntas mágicas: O que dá mais retorno nesse hotel? Vocês investiriam mais nisso ou em mais carregadores?
Povo é foda… primeiro que ele não tem obrigação de instalar. Não é uma concessão estatal. Então, se está achando ruim , vai com o carro a combustão. É duro…
Estive em um hotel em Penha que todo o estacionamento era coberto por placas fotovoltaicas, não tinha nem telhas. Deve gerar cerca de 4 MW por mês de energia pelas minhas contas. A economia é gigantesca e colocar carregadores para carro elétrico/híbrido acaba fazendo parte do pacote.
Em muitos lugares nem estão mais permitindo a instalação de sistemas tão grandes assim, na minha cidade natal a CEMIG não está mais homologando novas instalações de sistemas on grid alegando que a subestação está sobrecarregada com tantos sistemas grandes.
Nesse cenário começa a fazer sentido investir em sistemas híbridos grid zero, que armazenam em baterias e não injetam na rede…
Para hotéis o maior entrave mesmo é a instalação, dimensionamento de cargas e tal. Porque o custo do wallbox mesmo chega a ser irrisório, principalmente se diluído no longo prazo.
Falando como usuário, eu já pesquiso hotéis com o filtro de ponto de carregamento. É um público que só tende a crescer e o hotel que investir nisso vai atrair esse público.
Efeitos colaterais a “democratização” do carro elétrico. Galera compra sem um mínimo de planejamento, aí dá nisso.
Precisamos aumentar a oferta de pontos de carregamento, sem a menor sombra de dúvidas. Mas muitos desses problemas são mais falta de planejamento mesmo.
Eu sempre comparo o carro elétrico hoje com o carro à combustão de 100 anos atrás. Simplesmente não tinha rede de postos de combustíveis naquela época e a pessoa precisava se planejar. Claro que os problemas/desafios eram outros, mas é uma linha bem próxima.
Galera, só quem se preocupa com carregamento de carro é quem comprou…
Todos os demais procuram oportunidade de negócio. O mercado vai encontrar uma forma e essa primeira onda de cortesia, baixa autonomia e etc tende a mudar.
Acredito muito mais em redes de carregamento pago do que nessa moda de cortesia. Ou vocês acham que todo comerciante vai agora ser carregador de carro? Basta a primeira canetada governamental para regular e acabar com a festa, por exemplo.
A festa fotovoltaica tá passando também. Muitas empresas do setor que apareceram no boom dos últimos três anos acabaram fechando as portas. Temos a mania de importar as piores regulações. Sufocamos os pequenos e sobram alguns médios e grandes.
Além da “taxação do sol”, agora tem que apresentar licença dos bombeiros e demais coisas que positivista adora, que acaba compondo o bom e velho custo Brasil. Os pequenos só sobrevivem se for na informalidade.
Pra mim era uma demanda que tinha prazo pra acabar. Nem todo mundo tem condições financeiras de ter. Nem todo mundo que tem condições financeiras de ter tem estrutura pra ter, quem mora em apartamento, por exemplo.
Então, na minha opinião, as empresas do setor se beneficiaram em atender a demanda inicial. Depois que essa demanda inicial foi atendida, sobrou menos mercado mesmo.
Sobre o tema de regulações. A galera não quer regulação nenhuma.
A “taxação do sol” foi uma bela forma de botar uma roupagem política em algo técnico, faz parece imposto sendo que é tarifa.
A cobrança pelo chamado “fio B” no final das contas faz sentido. Porque a galera simplesmente estava usando a estrutura de distribuição final a custo zero. E, com custo zero, faziam sistemas desnecessariamente grandes e, com “energia de graça”, aumentavam demais o consumo, mesmo quando não estavam gerando. Eu conheço uma pessoa que, nesse cenário, aumentou o consumo de energia de um sítio (frequentado apenas em finais de semana) de R$400 pra R$900 por mês.
Ainda tem a questão do compartilhamento, que usa 100% da rede nas unidades consumidoras sem geração.
Enfim, seria excelente se não tivesse, mas com tanta gente abusando era de se esperar que fossem “acabar com a farra” mais dia, menos dia.
Você realmente acredita que algum dia houve carregamento de “cortesia”? O custo só não foi embutido/repassado no serviço (se é que não foi) porque não foi relevante, no dia que o custo se tornar relevante, todos vão pagar, independente de usar a “cortesia” ou não.
Que farra? Uma quantidade ínfima de unidades consumidoras chegou a instalar usina. Investimento caro e legítimo, tecnicamente embasado, com retorno médio igual a qualquer outro investimento. O equipamento tem vida útil. Nada é de graça e demora anos para ter o retorno.
O excedente gerado é vendido pela concessionária aos vizinhos. Fio B é engodo.
O que mudou? A legislação. A mão política mudou o setor.
O que você entende por cortesia?
Além disso, eu acredito sim que a maior parte dos carregadores lentos são uma aposta e com retorno não calculado, exatamente por isso vão sumir em breve.
A farra da galera aumentando o consumo de energia elétrica indiscriminadamente por não precisar pagar nada.
Entendo que é o uso de um serviço sem pagar por ele. Meu ponto sobre isso foi sobre o custo da “cortesia” ser embutido no valor de outro serviço. Se alguém carrega sem nenhum consumo atrelado, outras pessoas estão bancando a “cortesia” do carregamento. Seria ingenuidade acreditar no contrário.
No caso do hotel. Não havendo tarifa específica para diária com carregamento, todos os hospedes estão pagando, mesmo que não estejam usando.
Pois é, nunca foi custo zero. Tenho uma instalação antiga, não pago “Fio B”. Mas sempre paguei uma taxa mensal conhecida como “custo de disponibilidade” (ora, ora…) mesmo nos meses que gerei mais que consumi.
Em resumo, não querem soltar o osso, tanto o governo com impostos quanto as distribuidoras na receita. Vão colocando taxas e impedindo novas instalações. Com carro elétrico e Petrobrás vão inventar alguma coisa, só aguardar.
Fazendo o advogado do Diabo aqui. Mas faz sentido haver alguma cobrança sobre o uso da infraestrutura de distribuição.
A tarifa de energia sempre foi composta por geração e distribuição. Então, o sistema fotovoltaico substitui apenas a geração. A energia que eu gero e consumo durante o dia não usa essa infra de distribuição, então não pago “fio B” sobre ela. Já a energia que eu consumo vem dessa infra, então nada mais justo que ser cobrada, compensando apenas o que eu pude substituir, a geração.
Enfim, eu gostaria de ter um sistema antigo, mas morava em apartamento na época. E mesmo pagando parte do “fio B” eu estou bem contente com o resultado.
@dawtaylor você só esqueceu de um detalhe: quando injeto energia e vai para meu vizinho, a CPFL tem 100% de receita sobre isso, foi totalmente de graça para ela. E quando eu consumo isso a noite, abate-se esse valor. Ou seja, na prática a CPFL não teve prejuízo algum, ficou no zero-a-zero. Só parou de receber receita da minha casa. Mas arrumaram uma forma de receber algum dinheiro mesmo assim.
Sim, mas quando você utiliza da rede (fora do horário de geração) você está usando toda a infraestrutura. A CPFL pode até não ter custo pra entregar a energia injetada para o vizinho, mas o custo de distribuição existe a partir do momento que o sol se põe.
Mas como já disse, nunca foi de graça como apregoam por ai, sempre paguei uma taxa por estar usando a rede de distribuição. Mas enfim, está ficando meio Whatsapp , vou ficar por aqui com este assunto.
Discordo, aqui. A tarifa do fio B já está embutida na infraestrutura de distribuição da energia que você consome. E é praticamente a mesma da geração. Pelo menos, por enquanto, basicamente a geração solar só reduz o consumo de uma localidade. Explicando melhor, a energia que você gera acaba indo pros seus vizinhos de bairro que têm uma impedância menor em relação a sua casa. A maioria dos microgeradores consome energia fora dos horários de maior insolação, então já pagam pelo uso da rede de distribuição. Isso é tudo politicagem dos que investiram ou investem em térmicas e outras formas de geração. Já para usinas de geração maiores, faz sentido cobrar.