Autonomia real do DOLPHIN GS

Sou formado em física. Pesquiso muito e posso afirmar que a química não é relativamente simples, principalmente em relação as estruturas cristalinas do catodo. Se fosse simples as montadoras não investiriam bilhões de dólares em pesquisa e já teríamos as melhores baterias possíveis para os carros. Mas legal Surak, é bom trocar ideias de vez em quando :slight_smile:

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Oi, Julio, logo percebi que você também era do ramo. A questão é mais testar milhares de substâncias até achar uma que funcione melhor do que as que já conhecemos, na minha humilde opinião. E, sim, isso é MUITO caro. Mas vou parar de me manifestar neste tópico, para não incomodar os demais usuários do fórum. Foi ótimo ter trocado idéias com você! Agradeço aos demais usuários pela paciência!

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Concordo com o Surak com relação a manter em entre 20 e 80% de carga mas principalmente em carregar o carro da forma mais lenta possível. Já li bastante sobre isso, e realmente faz diferença para aumentar a longevidade da bateria.

Aqui na primeira recarga fez só 220KM, pé pesado, em porto alegre RS, consumo de 14,5KW/100km, ar ligado sempre e as vezes 10 min antes do uso. Agora na segunda carga rodou 22km e consumiu 34km da carga. Vou continuar observando.

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Tópico interessante a nível de opiniões. Muito bom ir aprendendo aos poucos.

Eu vou pelo que a fabricante diz ser possível e não gere problemas do ponto de vista do que nos informam. Penso terem analisado dados, testado até a exaustão para concluírem suas recomendações.
Nesse caso, meu carro não sai da tomada enquanto não bater os 100%. rsrsrsrsr

Rodo a semana toda com uma carga, na sexta encosto ele pra rodar no FDS tranquilo… se no domingo a noite eu tiver 70%, 80% ou até 90% de carga, vai pra tomada de novo pra aguentar a semana toda…

Geralmente, na semana, rodo até 20% ou 30% dependendo do pé da minha esposa que é quem mais usa o carro.

obs: ainda não utilizei nenhum carregador rápido, todas as cargas foram feitas a 6kw/h, padrão do nosso wallbox.

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É tudo muito novo e a polêmica de carregar até 80 ou 100% também tem lá fora, por exemplo com os Teslas LFP…

Mas pesquisando um pouco mais, temos algumas informações novas:

Primeiro, a Blade tem voltagem nominal [1] de 3,2V e máxima de 3,65V. Como usamos o gerenciador de bateria (BMS) do carro, a voltagem é limitada a 3,2V. Ou seja, mesmo carregando até 100% (em 3,2V) ainda tem uma folga grande até o limite máximo da bateria. É como se carregasse a 85% dos 3,65V.

Aí alguém pode comentar, “ok, se 100% tá com folga, então se eu carregar até 80% a folga vai ser ainda maior e tudo certo

Infelizmente não é bem assim. A bateria LFP tem um efeito memória [2]. Não é um efeito memória tão grave quanto as antigas baterias de Niquel, o que acontece é que se carregar sempre até um ponto intermediário (como 80%) a bateria gera uma distorção na tensão de descarga, atrapalhando o gerenciamento do BMS e a estimativa de autonomia.

Dá pra resolver isso? Sim, a solução é carregar a bateria 100% algumas vezes até “limpar” essa distorção.

Resumo da ópera: vou seguir a recomendação do fabricante :slight_smile:

[1] Figura 1:

[2] https://www.tytlabs.co.jp/en/review/issue/files/453_057sasaki.pdf

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Opa, Na audi Uberlandia é grátis? 24h? OBrigado!

Se o Julio tá dizendo isso… eu também vou carregar até 100% seguindo a recomendação do fabricante.

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Olha, estou observando algo semelhante no meu aqui em Goiânia-Go.

Hoje completo 1 semana com o carro e esperava uma autonomia maior. Basicamente, algo entre o que o INMETRO informa (291km) e a máxima do painel (404km). No entanto, o que estimei de autonomia do primeiro dia que peguei ele com 85% de bateria até o momento que fiz a primeira recarga (35%) de bateria, foi algo de 120~130km para esses 50% de bateria, ou seja, algo entre 240 e 260km projetando para os 100%.

Após a recarga, saí dos 100% e estou com algo em torno de 45% e já rodei 132km, ou seja, projetando novamente, daria uma autonomia máxima de 240km.

Claro, sempre usando o ar-condicionado (impossível não usar aqui no centro-oeste).

Vou acompanhando e informando por aqui os meus resultados também. Mas fiquei um pouco desapontado, esperava pelo menos 300km para a cidade, pois, sendo 240km, o que poderei esperar na estrada então? Me impediria, por exemplo, de ir até Brasília sem precisar de parar para fazer uma recarga no meio do caminho.

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Geyverson, vou te falar o que aconteceu cmg.

Nas primeiras semanas, também percebi um consumo sinistro de energia. As estimativas eram todas na casa dos 270, 280 km no máximo.

Na medida que fui usando, recarregando e talvez os componentes se assentando, o consumo foi aumentando.

Meu carro hoje está com 2200km, pra vc ter uma ideia, no painel com a forma que estou utilizando o carro, está calculando mais de 430 km, ar ligado 100% do tempo.

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Já estou com quase 6,000km rodados o que posso dizer até este momento, é que a autonomia medida pelo Inmetro é a mais realista para um uso no dia a dia sem restrições de velocidade, ar condicionado, até este momento considero a mais confiável

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A regeneração nas freadas ajuda, mas o carro nunca recupera 100% da energia devido a perdas. Se for suave com o acelerador e evitar freadas fortes deve ficar mais econômico. Faço 350 km na cidade com ar ligado direto.

Com relação ao consumo na estrada, tem um tópico sobre isso aqui no fórum. Mas ideia é a mesma, quanto mais pisa mais gasta.

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Atualizando o consumo para apreciação dos amigos do fórum.

  • Ar condicionado no Auto a 22ºC 90% do tempo;
  • 95% do tempo o motorista e mais uma ou duas pessoas;
  • 2 viagens de aproximadamente 300 km de ida e 300 de volta;
  • 1 viagem diária (segunda a sexta) de 65 km cada (ida e volta - total 130 km dia);
  • Pouquíssimo uso urbano.

Sábado dia 25/11 fiz uma viagem de 333 km superando um desnível de 750 m entre as cidades de partida e de chegada. Cheguei no destino com 17% da bateria. Na volta fiz os mesmos 333 km sobrando 27% de bateria. Motorista e mais uma pessoa, e mais uns 20 kg de carga extra.

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Aqui eh minha autonomia.

Rodei 317km, restando 25% de bateria com estimativa de 101. Nesse ritmo, eu faria tranquilamente 400km.

Andando super de boa, dosando a aceleração principalmente ao sair da inércia, que eh onde mais gastamos energia.

Uso e abuso da rolagem na condução, média de 60 a 80 por hora, ar ligado 100% do tempo.

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Eu estou percebendo isso aqui no meu, dificilmente está chegando nos 290KM (isso só andando na cidade)… Eu penso que pode ter algo a ver com a temperatura, aqui onde moro é 30 graus todo dia

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Essa é uma análise importante. Com tanta disparidade, temos de ver se as baterias não tem de repente um % alto de variação da carga máxima real. Por mas que cada um more em cidades diferentes e tenham estilos de direção diferentes, essa variação de autonomia está muito acima de qualquer margem aceitável. Principalmente pelos inúmeros relatos que estão fazendo muito abaixo até mesmo do padrão INMETRO.
Uma das causas que pode ter relação direta com isso está documentado em outro tópico aqui do próprio fórum que é a mudança por software que a BYD fez liberando mais potencia para os carros. Mas isso deveria afetar todos de forma semelhante, o que não parece ser o caso.
Levando em conta que a empresa está vivendo um pico de produção elevadíssimo, tenho minhas preocupações com a qualidade geral da linha de produção. Pode ser que estejam passando baterias com capacidades inferiores para não atrasar ainda mais as entregas.
Um exemplo disso foi a própria Tesla que teve várias unidades do model 3 e outros com controle de qualidade fazendo vista grossa para verdadeiras gambiarras na linha de produção para darem conta das vendas. O caso foi um escândalo forte e a maioria das empresas não pensa diferente. Vamos acompanhando pra ver com fica.

Cara uma coisa que vejo, e já fiz os testes e percebi que estão diretamente ligadas ao “fator pé”, o meu como o uso é 99% urbano esta sempre na regeneração máxima, no nodo SPORT e sempre ando rápido sem economia, como tenho os paineis nem olho para a economia, uso urbano com ar ligado faço um pouco a mais que o Inmetro, mas deixando claro que rodo normal ar ligado e zero preocupação com a economia

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@Driver, o problema deve relacionado ao consumo e não a qualidade das baterias.

Dependendo de como dirijo o consumo varia de 10 kWh/100km para 17 kWh/100km na cidade. Isso representa uma variação de 260 km de autonomia para 440 km. Lembrando que esse valor é sempre a média dos últimos 50km rodados, então se fizer testes curtos não vai dar pra perceber a diferença na média e no consumo.

Tem uma variação gigantesca dependendo do estilo de direção, o pé no acelerador ou modo de condução. Além disso, a topografia da região e a temperatura também pesam no consumo, pois a refrigeração das células da bateria é feita dinamicamente e consomem energia.

Quem pisa mais tem um prejuízo duplo na autonomia, vai gastar mais na aceleração do motor e vai gastar mais energia para resfriar as baterias.

Como regra geral, se quer mais autonomia no carro elétrico tem que se adaptar e ser mais suave na condução.

Uma pergunta para quem está com autonomia baixa: qual é o valor de consumo em kWh/100km que aparece no painel?

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De fato, a melhor maneira de determinar se existe variação alta de limite de carga entre os veículos é com base no kwh/km. Se houver pessoas fazendo baixas autonomias com valores de kwh/km semelhantes a pessoas com maior alcance, a resposta mais provável é a diferença das baterias mesmo.

Interessante Alexandre. Qual a topografia do percurso e a velocidade média que você tem rodado?