Era pra ser aqui?
É, estranho, o meu tem aí o símbolo NFC.
Correndo o risco de falar algo que vc já sabe (e desculpe se já souber), mas no Dolphin, a posição do NFC interno fica na parte inferior do apoio de braço, diferente de outros modelos em que fica na parte de cima do apoio de braço…
Bem na frente dessa área inferior, tem um quadrado com o símbolo de NFC…
Era pra ser aí mesmo…
A byd as vezes escorrega em coisas tão pequenas que chega a preocupar. Não vejo nenhuma razão para liberar nfc em tempos diferentes entre os modelos. Penso o mesmo sobre as atualizações.
As primeiras unidades do Dolphin chegaram sem sequer ter NFC no retrovisor.
Em relação ao app e chave digital…
Alguns tem cartão gratuito e outros precisam pagar. Aí chega o Mini com chave no app kkkkk
Detalhe relativamente simples de resolver, mas que pesa bastante contra.
A BYD já tem a solução para isso. Durante o processo é feita uma autenticação de 2 fatores onde é enviado um código para o email cadastrado no sistema deles. O mesmo e-mail que permite o app funcionar e apenas eles fazem alterações nesse cadastro. Após receber o código, que tem prazo para expirar, vc confirma na cetral e o processo continua.
Logo, não basta apenas ir na central solicitar a chave e depois encostar o celular no retrovisor. Existe esse segundo fator que é a confirmação eo código.
Então o processo é seguro, pq para gerar a chave é necessário ter acesso à multimédia e também ao e-mail cadastrado no APP
Cara. Acho que você não tá entendendo o que eu estou dizendo.
Em nenhum momento eu disse que o processo é inseguro. O que eu estou dizendo é que, exigir uma validação física em um leitor dentro do carro serve como uma camada extra de segurança.
Já existem muitas camadas, na real acho que são suficientes, mas a empresa pode optar por ter mais essa por considerar que o leitor interno tenha algum benefício sobre o externo.
Outro ponto é que os hardwares podem ter capacidades diferentes. O externo pode servir “apenas” como leitor, enquanto que o interno pode servir para transmitir dados para o celular. E essa validação pode ser um requisito da Apple/Android, por exemplo.
Entende como são muitos fatores e nós estamos apenas falando sobre as possibilidades com o olhar de usuário?
Falando especificamente sobre esses cronogramas de atualizações. São bem comuns esses rollouts escalonados.
A empresa pode liberar pra um grupo de usuários, observar as métricas de erros e, a depender do resultado, aumentar gradativamente os usuários que recebem o update. Claro que não deveria ser tão grande esse intervalo. Mas dado problemas como a falha no sensor dianteiro, faz algum sentido segurarem.
O suporte ao NFC faz parte do software, e está sujeito ao cronograma do rollout. Sobre veículos diferentes receberem o suporte. Quanto mais discutimos sobre, mais me convenço de que existem diferenças de capacidades de hardware. E o fato de o Mini, mais simples, receber o recurso antes pode estar relacionado a ser um projeto mais recente.
Entendi seu ponto sim. Você expôs uma condição e eu trouxe argumentos compativeis para enriquecer a discussão. Se o NFC do retrovisor tem apenas a função de leitura ou se as medidas existentes de segurança são ou não suficientes, seja para BYD, Android ou IOS, é outra história e não sabemos. E sim o ponto de vista que ofereço é o de um usuário final porque é o que sou. E só teremos certeza de algo quando a BYD se posicionar e responder com um parecer técnico ou não. Do contrário é tudo achismo e especulação de nossa parte.
Aos 2:00 é explicado que o iPhone precisa ser posicionado no leito de NFC dentro do carro.
Isso pode ser um péssimo sinal pra nós que temos modelos SEM o leitor interno.
Uma alternativa que a BYD pode usar seria as UWB CarKeys, que são basicamente chaves baseadas em bluetooth ultra wide band, mesma tecnologia que a Apple usa para localizar com precisão as AirTags.
Claro que tudo isso vale apenas para a Apple.
A empresa tem todo o tempo para fazer testes e homologação técnica antes de liberar e, do ponto de vista comercial, é um tiro no pé submeter o cliente a essa falta de informação que estamos vivendo. Só aumenta a incerteza e especulação sobre a marca.
Do ponto de vista técnico, até onde eu entendi, a chave pode ser compartilhada entre aparelhos, ou seja, poderia inclusive ser gerada pela própria byd e enviada para o app do cliente. Não vejo impedimento com relação ao hardware nfc, vejo impedimento do ponto de vista de planejamento.
Tenho o Dolphin Plus 2025 e não tem o NFC no meio, e agora sabendo que alguns tem, isso me deixa muito incomodado, como que a fabricante vende o mesmo carro com mesmo preço mas um tem e o outro não certo recurso ??
Como usuário E consumidor, eu entendo seu ponto de vista. Porém, como arquiteto de software com uns 20 anos de mercado, gostaria de explicar um pouco os motivos pelos quais não funciona dessa forma.
TL;DR;
Testes em ambientes controlados não cobrem todos os casos de uso reais e problemas podem aparecer (costumam na real) com mais frequência na mão do usuário do que nesses testes.
Não, a BYD não podem gerar uma chave e mandar para o celular do usuário. É preciso ter uma validação física do sistema operacional do dispositivo para adicionar a chave no dispositivo. Por motivos de privacidade, a chave NUNCA sai do dispositivo, ela é criada no dispositivo e validada no processo de owner pairing.
No ciclo de desenvolvimento de software/produto existem várias etapas.
- Desenvolve
- Testa
- Corrige
- Testa novamente
- Os passos 2 a 4 se repetem diversas vezes.
- Testes de qualidade
- Lançamento público
Parece relativamente simples. Porém, todas as etapas de teste nesse ciclo são conduzidas em ambientes controlados, por pessoas especializadas.
E qual o problema disso? Quando projetamos e desenvolvemos um software, temos em mente o que ele tem que fazer e como o usuário vai usá-lo. Quando esse software chega nas mãos do usuário, ele encontra meios completamente diferentes de usar. Acredite em mim, acontece o tempo todo.
Em um ambiente controlado é fácil prever e simular o comportamento do software, quando o software é, de fato, testado nesse ambiente controlado ele se comporta como se espera. Mas esse ambiente controlado não consegue contemplar uma diversidade de cenários que acontecem no mundo real.
Por esse motivo, é comum fazer um lançamento em fases. Lança para 1% dos usuários, observa-se o resultado, se for satisfatório, aumenta pra 5%, 10%, 30% e assim por diante.
Isso não é uma decisão exclusiva da BYD, é padrão da indústria quanto à desenvolvimento de software. Apple, Microsoft, Google, Amazon, TODAS fazem isso. Não são raros os casos que essas empresas precisam tirar atualizações do ar, lançar correções de emergência para ajustar dispositivos já atualizados. Aconteceu essa semana com o Windows, por exemplo.
Pensando nessa comparação. Se um iPhone, ou um computador trava devido a uma atualização dessas, o prejuízo é no máximo financeiro. Raramente uma vida é perdida por uma falha do Windows. Já em um carro, o risco de uma falha dessas acontecer e causar a perda de uma vida é infinitamente maior do que no Windows…
Embora eu, como consumidor, também gostaria de receber essas atualizações o mais rápido possível, como profissional da área, entendo ela não ser entregue dessa forma.
Aos outros pontos.
Não. No vídeo que compartilhei acima, a Apple exige um processo de pareamento de proprietário (owner pairing) utilizando o próprio iPhone E um NFC interno no veículo. Dado que existe um consórcio (Car Conectivity Consortium) é bem provável que esse padrão também exista no Android.
Mesmo que isso fosse possível. Poderia ser um problema enorme em casos envolvendo engenharia social, o tipo mais comum de ataque hacker atualmente, existem muitos conteúdos sobre o assunto no YouTube se quiser de aprofundar, o Manual do Mundo tem um vídeo excelente sobre isso.
Realmente, o hardware do NFC não seria o problema. Mas é bem provável que exista alguma restrição da própria Apple caso o veículo não tenha esse leitor interno.
A, mas como que a Apple vai saber se tem ou não?
Posso falar mais de Apple porque é uma plataforma para a qual já desenvolvi por um bom tempo.
Na Apple, praticamente tudo que um app/desenvolvedor quer fazer precisa de um entitlement, que é basicamente uma permissão para executar uma ação. Quer enviar notificação? Precisa de um entitlement pra isso. Quer pedir a localização do usuário? Precisa de um entitlement pra isso.
Com o CarKey não é diferente. Porém, existe uma categoria de entitlements que a Apple considera como privados. Uma delas é o com.apple.developer.carkey.session
que é restrito a fabricantes de veículos REGISTRADOS no programa MFi. Dessa forma, é bem provável que a Apple consiga identificar caso o fabricante/desenvolvedor tente burlar isso.
No vídeo que eu compartilhei tem uma parte que ele explica que o iPhone identifica o tipo do NFC pra saber se deve abrir uma porta, ou ligar o carro, por exemplo.
Bem, falei MUITO sobre Apple aqui porque é uma plataforma com a qual estou mais habituado a desenvolver, mesmo estando há algum tempo fora do mundo de desenvolvimento mobile. As documentações e padrões continuam as mesmas, então foi só um exercício de tirar a ferrugerm do cérebro aqui. rsrs
Também tentei deixar o menos técnico possível, mas é um assunto que não tem muito por onde mesmo.
Isso é realmente preocupante e pode ser um problema para os padrões brasileiros. Teoricamente, um veículo de mesmo ano e modelo só pode ter diferenças nos equipamentos caso esses sejam opcionais.
A meu ver, o uso desse NFC interno é exclusivamente para adicionar chaves digitais. Como pode ser visto pelas minhas respostas nesse tópico, pesquisei um pouco sobre Apple CarKeys, mas apenas a versão NFC. Existe a versão UWB, que pode ser uma alternativa.
Olhando para vídeos de como a chave digital funciona no Dolphin Mini, me parece que a chave que a BYD usa nele já é uma UWB. Chaves NFC precisariam ser posicionadas no leitor de NFC para ligar o carro, não me parece ser necessário isso no Dolphin Mini, algum proprietário me corrija se eu estiver errado.
Pelo pouco que pesquisei, e comparando com a implementação do Dolphin Mini, me parece que a chave UWB ainda pode precisar do processo de pareamento (owner pairing) via NFC. Se for esse o caso, pode ser que modelos SEM o NFC interno jamais sejam capazes de utilizar a chave digital. Se esse vier a ser o caso, essa diferença entre unidades de mesmo ano modelo pode virar um problema, abrindo até mesmo margem para processos.
Você teve acesso ao compartilhamento da chave do Seal ou Mini?
Entendo o seu ponto de vista técnico, mas como você sugere que a tecnologia está impedindo uma boa comunicação do fabricante com os seus clientes? Por exemplo, divulgando em material publicitário e manual do usuário, recursos que chegam em tempos diferentes aos clientes e como informação temos apenas “em breve”.
O compartilhamento da chave, pelo menos em se tratando do Apple CarKey, só é possível depois que o proprietário faz o pareamento inicial. Depois disso a plataforma tem meios para fazer esse compartilhamento, mas o primeiro pareamento de acordo com o conteúdo da WWDC que eu compartilhei antes, precisa ser feito de forma física e seguindo os requisitos técnicos da plataforma.
Nesse ponto eu concordo contigo em número, gênero e grau. A meu ver, se eles divulgam/vendem o produto com esse suporte, eles precisam entregar. Mesmo que isso signifique que a BYD faça a instalação do NFC interno, caso seja realmente impossível fazer o uso da chave sem ele.
Quanto ao tempo de disponibilidade do recurso. Bem, foi assim com CarPlay sem fio, por exemplo. A Volvo, por exemplo, está vendendo o EX30 com a mesma promessa de chave digital, porém em atualização futura. O ponto onde a BYD está falhando é em não deixar claro quando isso estará disponível, isso é FATO.
O meu é um Dolphin GS 24/25 que comprei nesse mês e tem sim o simbolo NFC em dois locais, no porta copo (que imagino que seja para a chave) e embaixo do console, igual ao chinês…