Pessoal fiz a recarga lenta dos 6 meses.
Cheguei em 10% e carreguei até 100% em carga lenta.
Estou com 57% de bateria e no fds terei que ir para Sao Paulo (moro em Campinas), posso ja completar a recarga para viagem em carregador rapido? Ou melhor esperar chegar nos 10% novamente?
já vi alguém comentando que carrega o carro a 100% e descarrega usando ar condicionado até 10% para ai carregar de novo;
vocês comentaram acima de usar o carro até chegar em 10% e ai carregar de forma lenta;
Mas tem o mesmo efeito? Na calibração além da carga lenta será se não tem que ter a descarga lenta?
O manual da BYD geralmente não detalha os procedimentos ai sempre gera dúvidas. Então só a carga tem que ser lenta, não a descarga, é isso?
Usa o carro até baixar de 10% e carrega até 100% em AC!
Só isso, não tem que descarregar de novo nem carregar da forma mais absurdamente lenta possível!
A calibração do BMS é feita na carga lenta, pode descarregar com uso normal do carro. Essa do ar condicionado pelo que me lembro se referia a tentar zerar a carga da bateria, o que não é recomendável.
@Angelo1 ia comentar exatamente sobre esse vídeo, mas vc foi mais rápido no gatilho
Interessante é que ele faz referência a um estudo bem recente, de 21/08/2024, sobre a longevidade da LFP (link abaixo). Em ciencia, principalmente em química, as coisas não são verdades absolutas e as informações evoluem com o tempo e os novos estudos.
Resumindo as informações do estudo:
Para a longevidade da bateria LFP os ciclos longos ou de baixa carga são os melhores.
O melhor foi o ciclo mantendo entre 0 a 25% de SOC, o que não é muito prático para uso em EVs e pode ser perigoso, pois deixar a bateria zerar tem mais riscos de danificá-la além de ser complicado andar sempre com um carro sem carga.
Não muito longe em termos de longevidade, os ciclos entre 0 a 100% também são benéficos. Ótima noticia para @Roluber e outros motoristas de aplicativos. Sempre lembrando que são testes de laboratório, reforço que deve-se evitar deixar a bateria do carro chegar a 0%.
O pior cenário foi manter a carga entre 75 e 100%. Comprovada sua prática @Surak
Mas de qualquer forma, não há motivos para grandes preocupações pois a bateria provavelmente terá vida útil maior que o carro independente do padrão de carregamento. Mas fica a dica de deixar a bateria baixar mais a carga antes de colocar o carro carregar.
Oi, júlio, minha prática é a “seguro morreu de véio” A bateria LFP da BYD deve durar bastante, mas eu quero que dure mais ainda… Corrente de carga e descarga sempre a mais baixa possível, o que também significa evitar acelerações e frenagens fortes, principalmente em rodovias e manter a carga sempre na faixa “mais do meio” possível. Pelo amor de Deus, não hesitem em frear frente a um perigo ou acelerar fundo numa ultrapassagem, se necessário… Lembrando que tem que harmonizar essas tentativas com o que é prático ou possível para o uso de cada um. Fiz uma viagem curta há 2 dias, Carreguei até 95% pra ter folga, sem preocupações, mas evitei chegar a 100%. Será que adianta alguma coisa? Não dá pra ter certeza, mas é provável que sim.
@julio Uma pergunta pessoal, se não se importar: Tendo lido/assistido tudo isso, você mudou a sua rotina de recargas? Como é (e, se mudou, como era) sua rotina?
@Angelo1 Uma pergunta pessoal, se não se importar: Tendo lido/assistido tudo isso, você mudou a sua rotina de recargas? Como é (e, se mudou, como era) sua rotina?
@MarcelloJun Não mudei a rotina. A LFP é um tipo de bateria muito robusta. Como diz meu sogro, “o carro é para me servir, não sou eu para servir o carro” rs.
Geralmente deixo descarregar até uns 40% e depois faço uma carga completa, carregando a noite pelo Wallbox. Os “zelos” que tenho com a bateria são evitar zerar a carga e evitar sempre que possível deixar o carro parado exposto ao Sol nos dias muito quentes. A temperatura alta é disparado o principal fator de degradação da bateria. Pra ser sincero, não tenho muita informação sobre o comportamento do BMS relacionado ao controle da temperatura com o carro estacionado (não tive paciência para fazer um teste e coletar mais informações), então na dúvida evito exposição ao Sol nos dias extremos com o veiculo desligado.
@julio outro dia fiz esse teste, estava preocupado porque alguns lugares que trabalho o carro fica no sol… quando cheguei no carro, liguei o obd2, o carro estava fritando, banco, volante, painel, e a temperatura externa estava uns 33 graus, temperatura da bateria estava em 33 graus… achei que ia estar quente igual ao resto do carro, imagino que porque fica bem isolada e no fundo do carro recebe menos calor… algo assim
Depois faz um benchmark para ver
Em compensação outro dia em uma viagem, andando sempre a uns 115km/h, num trecho cheio de subidas, bateria chegou a 42 graus… daí tirei o pé e dei até uma parada e esperei esfriar
42C está dentro do limite de operação ótimo da bateria. Baterias LFP podem operar de -20C até 60C, mas a operação ótima está na faixa de 0C a 45C.
Então 42 está na faixa de operação ótima. Isso vale também para recarregar, por isso o manual sugere que a recarga aconteça ao chegar dirigindo, pois a bateria já está na temperatura adequada.
A BMS deve resfriar a bateria se ela sair da faixa adequada. Claro que se você subir uma montanha, a BMS talvez não consiga resfriar a bateria porque o calor geradoe excede a capacidade de resfriamento e você receberá um alerta no painel. para parar o carro.
Acima dos 35ºC o carro ja perde autonomia ate pq o sistema de refrigeração começa a operar com mais frequencia pra diminuir a temperatura das baterias.
A faixa ideal de operação é com 20 e poucos graus.
Tem testes por ai que mostram como a autonomia vai caindo conforme esquenta muito ou esfria demais.
Entendo que o @Murilo estava com receio de algum problema ou degradação operando a bateria a 42C, por isso reduziu a velocidade até ela esfriar. Eu o tranquilizei citando que 42C não representa risco, pois está na faixa de temperatura operação ótima da química LFP. A bateria LFP pode operar também de 45C até 60C, mas já está no limite superior da temperatura. Nesse faixa, suponho que a BMS deve operar mais agressivamente para resfriar as baterias. Assim, pela minha pesquisa, a preocupação deve acontecer acima de 60C, o limite superior da operação da bateria LFP. Acredito que nesse caso, um alerta no painel deve pedir para o condutor reduzir ou parar o veículo.
“On the other hand, the high-temperature threshold for LiFePO4 batteries typically falls between 45°C and 60°C. Operating the battery beyond this threshold can result in accelerated self-discharge rates, reduced capacity, and increased risk of safety hazards such as thermal runaway.” https://www.evlithium.com/Blog/lifepo4-temperature-range.html
Agora especificamente sobre a autonomia citado pelo @Driver , realmente 35C parece um patamar razoável para a BMS começar o resfriamento, até porque não se deve esperar até o limite superior de operação adequada (supostamente 45C) para iniciar o processo. Até gostaria de saber sobre o resultado desses testes.
Sei que você colocou suas fontes, ótima iniciativa, mas tem mais detalhes importantes sobre esse tema. Algumas informações adicionais:
“The full cell lifetime at 25 °C, 35 °C, 45 °C and 55 °C is about 615, 404, 159 and 86 days, respectively. The lifetime at 55 °C is about a seventh of the lifetime at 25 °C.”
“A exposição das baterias LiFePO4 a altas temperaturas pode acelerar significativamente o seu processo de envelhecimento. As temperaturas elevadas promovem vários mecanismos de degradação dentro da bateria, levando a um declínio mais rápido no desempenho e na capacidade ao longo do tempo. Estudos demonstraram que para cada aumento de 10°C (18°F) na temperatura acima da faixa ideal, a vida útil das baterias LiFePO4 pode ser reduzida em 30-50%. Isso significa que operar uma bateria LiFePO4 a 60°C (140°F) pode resultar em uma vida útil de apenas 50-70% do que seria esperado a 25°C (77°F).”
Essas fontes foram só uns exemplos, tem vários estudos que mostram a degradação com aumento da temperatura.
Portanto, a bateria pode até funcionar a mais de 40, 50 ou ate 60 °C, porém quanto mais alta a temperatura, maior e mais rápido será o desgaste.