Faz muito sentido. Pra mim é comum gastar menos saindo de casa, moro no alto de um morro, então eu não só saio devagar como freando/regenerando bem a bateria.
Mas se pensar em condições urbanas, é mais comum morar em uma zona de tráfego lento e se deslocar para zonas de tráfego mais rápido.
A menos que more em uma rodovia, acho que é bem normal essa curva de velocidade. haha
Ja utilizei um carregador no alto de um morro tbm, e depois de sair do carregador, e pegar a descida, notei que ele só utilizou o freio regenerativo por um tempo, depois ele “soltou” o carro, porque a bateria não cabia mais nada de carga, ai tive que pisar no freio pra usar o freio comum de pastilha. Você ja notou isso quando sai de casa?
Já ouvi esse tipo de relato também, porém eu não pude comprovar porque a regeneração do Dolphin Plus é fraca demais pra segurar o carro na descida do morro onde moro, eu sou obrigado a descer com o pé no freio pra não embalar demais.
Mas acho que faz algum sentido sim. Não sei se o carro poderia aplicar a regeneração e “descartar” a energia gerada afim de continuar segurando o carro e não sobrecarregar a bateria.
Imagino que a bateria poderia segurar uma “sobrecarga” baixa e acumular essa regeneração, chegando a “101%” talvez? Mas não sei o quão tecnicamente viável é isso, nem o quanto isso poderia ser prejudicial no longo prazo.
Já vou fazer a revisão dos 40 mil, tenho feito todos esses testes o tempo todo (ainda não relaxei, acho que tô querendo quantificar alguma degeneração)
Na minha experiência, carro sempre mantém a constância, o que muda é a elevação e tipo de direção, isso que fez diferença na minha experiência, já fiz 200km de 50% para 10% um dia que estava muito tranquilo, andando de 80km/h, regenerando em descidas e acelerando pouco em subidas
Quando a bateria esta em 100% realmente o carro quase não usa o freio magnético, pois a bateria não tem como consumir a carga gerada. Sobre o freio regenerativo ser “fraco”, não é bem assim, pois assim que o pedal do freio é acionado, o carro começa a regenerar mais forte e a medida que se pressiona o pedal, aumenta mais ainda. No meu carro passar de 50Kw de recarga em uma descida. O interessante que apesar do pedal do freio esta sendo pressionado, pouca pressão está chegando nas pastilhas de freio, só quando pressionado ate o fim, por isso duram tanto…
Tem todo sentido essa sua observação e acredito que seja isso mesmo, a tensão cai a medida que vai diminuindo a carga (apesar dessas bateria de Lifepo4 cair menos) e o carro tende a gastar mais, pois a formula é: P (potencia) = V(tensão) x I (corrente), ou seja, para ter a mesma potencia P, com um “V” menor, tem que ter mais “I” que é a corrente.
O que eu quis dizer é que se deixar “somente” na regeneração o carro embala aqui, então eu preciso acionar o freio sempre. E dá pra sentir o freio traseiro sendo acionado sempre que o pedal é pressionado no Dolphin Plus. O carro provavelmente combina o aumento da regeneração dianteira com o acionamento do freio convencional traseiro.
Mas isso não aconteceria “apenas” quando a demanda de potência aumentasse? Digo, em velocidade de cruzeiro, com o carro consumindo coisa de 22kw (mostrador instantâneo), a tensão máxima mais baixa não deveria influenciar, correto?
Dependendo de quão carregada a bateria está, o carro limita a quantidade de carga que é regenerado. quando está bem proximo de 100%, mesmo apertando o pedal a regeneração quase não aumenta… usando o car scanner com adaptador obd, tem um aba que mostra o quanto de carga ele aceita regenerar no momento. Faz tempo que fiz esse teste no carregador que fica no alto do morro, mas acho que usei o modo de regeneração high na hora, justamente pra ele segurar mais e ver qual seria a reação do carro quando nao desse mais pra carregar.
São muitas variáveis e poucas medições para chegar a qualquer conclusão, ficamos apenas no terreno das hipóteses (um nome mais bonitinho para achismo).
Se você tiver necessidade, desejo, vontade (como diria os Titãs) deixo a sugestão de um experimento que nos permitiria tirar algumas conclusões:
Primeiro, tem que tirar a variável que mais afeta, nós humanos . Então faça essa viagem sempre com o piloto automático, em uma velocidade que exija o mínimo de intervenção humana.
Apesar de não ter uma grande variação de altitude entre a saida e chegada, você pode ter uma topografia simétrica que dá a falsa impressão de trechos com consumos iguais tanto na ida e quanto na volta. Então você vai precisar também de um altímetro no celular (ou no carro).
Meça a cada 10%: distância percorrida, horário e altitude.
Faça o mesmo na volta.
Repita o experimento por pelo menos outras duas vezes, para que seja possível calcular média e desvio padrão.
Com isso em mãos podemos montar uns gráficos bem bonitos e analisar os resultados.
Cara, essa é mais uma pra lista do “Por quê não pensei nisso antes?” Uma conclusão simples para um negócio que me incomoda um pouco, que é baixar rapidamente para 99%.
Faz diferença sim. Vamos pegar esse exemplo que voce deu, rodando constante com uma carga de 22kw e considerando que a bateria do dolphin quando carregada fica na casa dos 460v e ja com pouca carga cai para 440v. Quando carregada o consumo de corrente é: 22.000kw / 460v = 47,82A e com a bateria descarregada 22.000kw / 440v = 50A. Ou seja, quando a tensao da bateria cai, para funcionar com a mesma potencia de 22kw o carro demanda mais corrente da bateria, fazendo ela durar menos…
A carga da bateria é medida em kWh (note o ‘W’, potência). O consumo também (kWh/100km).
Portanto se você usa 22kW, esse será o consumo, independente da tensão, pois quando a tensão cai a corrente aumenta e a potência consumida da bateria em kW se mantém constante.
Como analogia, não importa se você usa 3KW em 127V ou em 220V, o consumo medido no relógio e a energia gasta serão os mesmos.
O BMS estima a capacidade da bateria usando um contador de Coulomb ou integrador de corrente, pois a queda de tensão é mínima em boa parte da curva.
De forma empírica, tenho o resultado oposto. Usei os carros com vários níveis de carga e nunca percebi um consumo maior com carga menor. Portanto sem um teste mais controlado fica difícil chegar a alguma conclusão.
Essa era a minha linha de raciocínio. Imaginei que, talvez, se a bateria estivesse extremamente baixa ela poderia não ser capaz de entregar a mesma potência que 100% carregada. Mas isso pode/deve ser uma questão de proteção do carro.
Eu vou tentar observar mais ainda. Mas ontem fiz meu trajeto diário de 12km com 1.3kwh, sendo que estava com cerca de 50% de carga. A última vez que me lembro de ter reparado, estava com 100% e consumi 1.2kw. Diferença marginal que um carro mais lento na frente pode causar.
Eu uso diariamente o piloto automático. São 40 km de ida e 40 de volta, logo a diferença de consumo eu consigo comparar entre uma ida com 100% e uma com 40% de bateria. Ao sair de casa com 100%, o carro gasta cravados 10% da bateria, ja teve dias de gastar apenas 8%! Já em dias que vou com 40% de bateria, chego na empresa consumindo geralmente 12% de bateria.
É factual que a bateria tem uma curva não linear na tensão das celulas. E faz todo sentido que seja assim pois como o @ariano.neves pontuou, a tensão das células diminui conforme o consumo da bateria ocorre causando uma relação diferente entre consumo x potencia.
Talvez essa correção de calculo do consumo ja tenha sido realizada em carros mais novos, mas o meu foi entregue em novembro do ano passado e de lá pra ca não visitei a CCS ainda para realizar a revisão do carro, somente realizei as instalações dos updates da central por OTA.
O pessoal sempre comenta que as CCS realizam diversas outras atualizações de sistema quanto o carro entra na oficina.
Outra coisa… O painel do carro mostra o consumo de potencia do motor, então com 100% ou 10% de carga, o consumo é o mesmo de fato! Mas se vc fizer o meu teste, de observar a cada 1% da bateria consumida quantos km vc está fazendo, fica bem evidente a minha colocação de que 1% de bateria carregada ao maximo “rende” mais do que 1% da bateria no fim de carga, sobretudo abaixo dos 20% restantes.
Você e @ariano.neves estão fazendo uma certa confusão com as grandezas físicas. O fato de ter queda de tensão não significa aumento do consumo.
Vou voltar ao exemplo: se você ligar um carregador que consome 3kW por uma hora, o consumo será de 3kW em uma hora, não importa de se o carregador foi ligado em 127V, 220V, 12V ou 380V. O que vai mudar é a relação tensão/corrente para a potência P=VI. É o princípio dos transformadores. A potência é mesma dos dois lados (um pouco mais baixa devido a perdas na conversão), independente da tensão de cada bobina.
Da mesma forma, se você tem um consumo energético de 4kWh para percorrer seu trajeto, mantendo as condições de direção/velocidade, serão gastos 4kWh de bateria no trajeto (de forma simplificada, sem contar a eficiencia do conjunto). O consumo terá que ser o mesmo, pois o trabalho realizado é o mesmo, lei de conservação de energia básica.
É isso aí. O que pode estar ocorrendo é uma leitura imprecisa do BMS que causa uma variação maior da porcentagem, dando a impressão de que o consumo é maior.
Pelo que eu entendo, a porcentagem de toda bateria é uma estimativa, pois usa apenas a tensão como base de cálculo. Se essa afirmação estiver correta, é possível sim que gaste uma porcentagem maior, mas que o consumo em KW permaneça o mesmo, correto?
O meu método de observação do consumo se baseia no consumo exibido após desligar o carro, não gosto da ideia de olhar para porcentagem porque não é fracionada.
Se eu pegar o carro com 95,5% de bateria, ele provavelmente vai estar exibindo 96%. Nesse caso, se eu consumir 1,1% após andar 5km, ele deve cair pra 94,4% e arredondar para 94%, me levando a acreditar que andei 2,5km para cada 1%.
Meio off topic, mas essa questão de estimativa com base na tensão é o que costuma(va) fazer com que o último 1% do celular durasse mais que os últimos 10%.
Para LFP não usa tensão não, pois a variação de tensão é muito baixa entre 10% e 90%, é quase uma reta horizontal, dificultando uso desse método.
O que BMS usa é um “contador de Coulomb”, basicamente vai contando os elétrons que saem da bateria (vai integrando a corrente ao passar o tempo). Não é o método mais preciso, mas é que o tem para janta. Então essas variações na porcentagem podem ser possíveis sim…