Olá, PauloZ e demais colegas.
Então, cada viagem é um teste. Dificilmente deixo de registrar em agenda meus números.
Recentemente, passei a fazer também os registros mostrados no momento em que “desligo a ignição”, tomando o cuidado para fazer isso antes que alguém (eu ou passageiro) abra a porta do carro. Minha experiência de 10.000km com o dolphin plus está mostrando que possivelmente se trata do melhor padrão de referência para mim.
Não tenho problema algum com autonomia dentro da cidade. Moro em casa e posso recarregar o carro à noite, todos os dias, se preciso for. A autonomia que é relevante para mim está na estrada, pois viajo com o carro.
Também percebo que o percentual da bateria é pouco confiável. Roda muito até os 50% e daí para baixo (ou abaixo dos 50%) posso dizer que é queda livre. É um marcador de “combustível” similar aos fuscas e brasílias antigos, que tinha a boia no tanque ligada por um cabo até o instrumento de medição no painel (exagerei um pouco na conta rssss).
Relevo da minha cidade aqui em SC. Na cidade, além de não fazer medições, enfrento muito poucos aclives. Agora no verão, com o calor infernal que estamos enfrentando em SC, o carro está consumindo bem mais do que o percebido até então, por conta do ar condicionado ligado em situação extrema. Além disso, estou acionando o ar condicionado à distância, para manter a parte interna refrigerada (evitando o conhecido bafão na hora de embarcar).
Na estrada, uso a BR 101 com frequência. Essa é a rodovia federal paralela ao litoral de SC. Tem alguns aclives, mas nada tão expressivo. Também não é sinuosa, exigindo aceleração e desaceleração com frequência. É inteira com pista dupla, o que permite manter a velocidade constante. Não é nada parecida com MG.
Alguns números recentes (considerei a carga da bateria em 60kW):
93km rodados - gasto energético: 6,07 km/kWh (autonomia projetada: 364km)
95 km rodados - gasto energético: 6,37 km/kWh (autonomia projetada: 382 km).
90 km rodados - gasto energético: 6,87 km/kWh (autonomia projetada: 412 km)
139 km rodados - gasto energético: 6,34 km/kWh (autonomia projetada: 386 km)
138 km rodados - gasto energético: 6,69 km/kWh (autonomia projetada: 401 km).
Como rodei: em torno de 100km/h. Às vezes um pouquinho mais, às vezes um pouquinho menos. Dificilmente ultrapasso 110km/h. Ar condicionado ligado e com 3 ou 4 pessoas no carro, além de uma mínima bagagem. Nas subidas, não procuro ganhar velocidade. Subo na velocidade permitida na via e deixo o carro naturalmente perder velocidade no fim do aclive.
Algumas percepções minhas: além do que todo mundo já sabe e que é real, de que o pé do motorista vai contar muito no consumo energético, o vento tem se mostrado um componente muito relevante na hora de viajar. Aqui em SC tem um vento nordeste constante (verão), principalmente durante à tarde. Então, se pegar a estrada com o vento contra, vai gastar mais energia.
Ao sair de casa para viagem longa (acima de 300km), eu considero que vou conseguir rodar 350 km com certa tranquilidade. Acima de 300 km eu faço a programação de onde vou recarregar a bateria. No litoral de SC há bons pontos para recarregar e não acho que isso seja um problema (falo do litoral).
Outra percepção: quando o preço de recarga está em torno de R$ 2,00/kw, o gasto financeiro entre um carro à gasolina (T-cross) e elétrico (dolphin plus) é muito parecido. Cálculos para uso em rodovia.
É isso. Espero ter contribuído. Se alguém não concorda com os números, fique à vontade para criticar.